Nutrição Funcional


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A Nutrição Funcional é uma maneira dinâmica de abordar, prevenir e tratar desordens crónicas complexas através da detecção e correcção dos desequilíbrios que geram as doenças. Estes desequilíbrios ocorrem devido à inadequação da qualidade da nossa alimentação, do ar que respiramos, da água que bebemos, dos exercícios (a mais ou a menos) e alterações emocionais que passamos.


Estas “inadequações” são consideradas de acordo com a individualidade genética que ocorre em cada um de nós. Vamos a alguns exemplos: enquanto um indivíduo é alérgico a camarão o outro não é. Enquanto para um o café pode gerar dor de cabeça e insónia, para outro não. Enquanto um necessita de mais zinco (ex: 25mg) para produzir ácido suficiente no seu estômago, o outro precisa de menos (ex.: 10mg). Enquanto um precisa de mais ómega 3 para manter os triglicerídeos e o HDL em níveis adequados, o outro precisa de menos.


Da mesma forma que os dados e comandos que colocamos num computador determinarão o funcionamento desta máquina, as informações que colocamos no nosso organismo, determinarão o seu funcionamento. Os nutrientes (sejam bons ou maus, equilibrados ou desequilibrados), toxinas, hormonas e neurotransmissores são as “informações” que colocamos no nosso corpo diariamente. 

A Nutrição Funcional considera a interação entre todos os sistemas do corpo, incluindo as relações que existem entre o funcionamento físico e emocional.


A Nutrição Clínica Funcional possui cinco princípios básicos:

1. Individualidade bioquímica: Desde pequenos sempre ouvimos dizer que em todo o planeta não há ninguém igual a nós, certo? Pois é, no entanto, na hora de nos olharmos “por dentro”, para nossa saúde, os profissionais tratam-nos como se fossemos todos quase iguais!
A interacção da nossa genética única, da nossa alimentação e de elementos ambientais (toxinas, poluentes, stress mental, actividade física) irão “modular” os nossos genes determinando quais “falarão mais alto”, ou quais ficarão “silenciados”. O que todos desejamos, é “silenciar” os genes associados a doenças, e “deixar falar” os genes associados à saúde!!!
A terapia nutricional, deverá sempre levar em consideração as necessidades individuais, bem como sinais e sintomas apresentados por si. Não podemos esquecer que grande parte da expressão dos nossos genes depende do meio ambiente. Assim, podemos apresentar necessidades e carências de acordo com o ambiente em que estamos.


2. Tratamento centrado no paciente: O tratamento é direccionado ao paciente e não à doença, o oposto da medicina tradicional. Torna-se mais importante saber que paciente tem a doença do que saber que doença o paciente tem. O indivíduo é abordado como um todo, um conjunto de sistemas que se inter-relacionam e que sofrem influências dos factores ambientais, emocionais, alimentares, história individual de patologias e uso de medicamentos, hábitos de vida e actividade física, por exemplo.


3. Equilíbrio nutricional e biodisponibilidade de nutrientes: é importante a oferta de nutrientes em quantidades adequadas e em equilíbrio com todos os outros, para que haja optimização da sua absorção e aproveitamento pelas células.


4. Inter – relações em teia dos factores fisiológicos: todas as funções do nosso corpo estão interligadas. A teia da Nutrição Funcional considera a inter-relação mútua de todos os processos bioquímicos internos, de forma que um influencia o outro, gerando desordens que abrangem os diversos sistemas. Hoje sabemos, por exemplo, que disfunções imunológicas podem promover doenças cardiovasculares, que desequilíbrios nutricionais provocam desequilíbrios hormonais e que exposições ambientais podem precipitar síndromes neurológicas como a doença de Parkinson. A teia conduz a organização do raciocínio na busca da compreensão dos desequilíbrios que estão nas bases funcionais do desenvolvimento das condições clínicas (i.e. doenças), corrigindo a causa, ao invés de apenas os sintomas genéricos.


5. Saúde como vitalidade positiva: a saúde não é meramente a ausência de doenças, e sim o resultado de diversas relações entre os sistemas orgânicos, por isso devemos analisar os sinais e sintomas físicos, mentais e emocionais que podem estar nas bases dos problemas apresentados.