Inspira-te...








“Há momentos em que é preciso escolher entre viver a sua própria vida plenamente, inteiramente, completamente, ou assumir a existência degradante, ignóbil e falsa que o mundo, na sua hipocrisia, nos impõe.” Oscar Wilde

A maldita retenção de líquidos




A Suplementação


"A suplementação: uma necessidade para manter a sua saúde.

Os alimentos, na sua forma mais natural, são essenciais para o nosso organismo. Actualmente, todavia, eles tornam-se insuficientes para manter a nossa saúde. Há necessidade de reforçar e potenciar o seu efeito.

Considerando que:

  • Existem nutrientes essenciais que o corpo necessita, diariamente, para funcionar na perfeição e não os pode produzir.
  • De acordo com os dados das entidades oficiais, mais de 85% dos solos na Europa estão desprovidos de nutrientes.
  • As plantas cultivadas nesses solos, mesmo que por forma orgânica, estão hoje desprovidas de nutrientes essenciais (minerais e vitaminas), indispensáveis ao bom funcionamento orgânico.


Só poderemos concluir que, sem suplementos que complementem, de uma forma óptima, as deficiências nutricionais dos nossos alimentos, os nossos corpos estão em carência nutricional e, mais cedo ou mais tarde, vão entrar em ruptura. Consequentemente a doença aparecerá.

Por isso, a necessidade de se conhecer o suplemento necessário bem como a sua qualidade, já que nem todos os suplementos são iguais.

Informe-se junto de profissionais credenciados, sobre os nutrientes que o seu organismo carece e qual a suplementação adequada para a sua saúde."

Boletim de prática clínica em medicina natural. Edição Clínicas Vital #01 Inverno 2015

Ovo


Os ovos são ricos em nutrientes saudáveis! 
A parte branca do ovo conhecida como "clara", é rica em proteínas e a parte amarela, "gema", é rica em gorduras. Além destes, o ovo contém vitamina A, vitamina D, vitamina E e vitamina B. e minerais, como o ferro, o cálcio, zinco, magnésio, potássio e enxofre.










































Açafrão




"O açafrão-da-terra, também conhecido por cúrcuma ou açafrão da Índia, que vem da mesma família do gengibre - é tão parecido que é chamado também de gengibre amarelo.


1. O açafrão tem componentes bioactivos com poderosas propriedades medicinais. O açafrão é a especiaria que dá a cor amarela ao caril, usada na India há milhares de anos como especiaria e erva medicinal. Recentemente a ciência ocidental tem vindo a descobrir o que os indianos sabem há muito tempo: os componentes do açafrão, nomeadamente os curcuminóides, tem efeitos anti inflamatórios e anti oxidantes. Uma vez que os curcuminóides representam apenas 3% da composição do açafrão, devem ser usados extractos ou suplementos para se obterem efeitos relevantes.

2. O açafrão tem poderes anti inflamatórios, 100% naturais. A curto prazo as inflamações são importantes. Ajudam o corpo a combater invasores e a reparar tecidos. Sem inflamações, bactérias e fungos podiam matar-nos. Apesar da inflamação de curto prazo ser benéfica pode-se tornar num problema se for crónica. Sabe-se que inflamações ligeiras, mas crónicas são responsáveis por muitas doenças ocidentais, incluindo doenças do coração, cancro, síndroma metabólico, Alzheimer e outras. O açafrão consegue inibir algumas das moléculas e enzimas que se sabe serem responsáveis por inflamações crónicas.

3. Açafrão aumenta a capacidade antioxidante do corpo. Os danos oxidativos são uns dos mecanismos associados ao envelhecimento e a várias doenças. Envolvem radicais livres, moléculas altamente reactivas com electrons desemparelhados. Os anti oxidantes do açafrão protegem o organismo dos radicais livres e dos danos oxidativos, neutralizando-os graças à sua estrutura química. Para além disso os curcuminóides fortalecem a actividade anti oxidante das enzimas, incluindo a glutationa peroxidase, catálase e a superóxido dismutase.

4. O açafrão reforça o factor neurotrófico derivado do cérebro, ligado à melhoria da função cerebral e a menor risco de doenças. Antigamente achava-se que os neurónios não eram capazes de se dividir e multiplicar depois da infância. Hoje sabe-se que não é assim. Os neurónios conseguem formar novas ligações, sinapses, e em certas áreas do cérebro multiplicam-se graças ao BDNF (Brain-Derived Neurotrophic Factor). O açafrão contribui para aumentar os níveis de BDNF, atrasando ou mesmo revertendo doenças do cérebro. Há também a possibilidade de conseguir melhorar a memória e lucidez.

5. O açafrão reduz o risco de doenças do coração. As doenças do coração tem sido um flagelo há muitas décadas e investigadores sabem cada vez mais sobre o assunto. Estas doenças são complexas e vários factores contribuem para elas. A curcumina, presente no açafrão, reverte muitos dos passos do processo patológico das doenças do coração, nomeadamente na melhoria do funcionamento do endotélio, revestimento dos vasos sanguíneos. A curcumina reduz também as inflamações e a oxidação, importantes para as doenças de coração.

6. O açafrão previne (e talvez trate) o cancro. O cancro é uma doença terrível caracterizada pelo crescimento descontrolado de células. Dos vários tipos de cancro, a maior parte é afectada pelos suplementos de curcumina com impacto no desenvolvimento do cancro ao nível molecular. Estudos revelam que o açafrão pode reduzir a angiogénese nos tumores e a metástase, bem como contribuir para a morte de células cancerígenas. Há também evidências da sua acção preventiva, sobretudo ao nível dos cancros do sistema digestivo.

7. A curcumina do açafrão pode prevenir e tratar Alzheimer. A doença de Alzheimer é a mais comun das doenças neurodegenerativas e a maior causa de demência. Uma vez que não existe tratamento garantido e eficaz, prevenir esta doença é de grande importância. A curcumina consegue atravessar a barreira hematoencefálica o que permite melhorias no processo patológico da doenças de Alzheimer. 

8. Os doentes com artrite respondem bem a suplementos de curcumina. A artrite é um problema comum no mundo ocidental. Há vários tipos de artrite, mas a maior parte envolve inflamações nas juntas. O poder anti inflamatório da curcumnina ajuda a tratar e prevenir a artrite.

9. Estudos demonstram que a curcumina tem benefícios incríveis contra a depressão. Num teste controlado em 60 pacientes, um grupo tomou Prozac, outro uma grama de curcumina e o 3ª grupo tomou ambas, Prozac e curcumina. Ao fim de 6 semanas os gupos Prozac e curcumina revelavam melhorias semelhantes e o grupo com ambas as doses foi o que se saiu melhor. Curcumina demonstrou o seu poder anti depressivo. 

10. A curcumina tem efeito antiaging e combate doenças crónicas relacionadas com o envelhecimento. Se a curcumina ajuda a prevenir doenças de coração, cancro e Alzheimer, então tem óbvios benefícios antiaging. Isto para além dos efeitos anti inflamatórios e antioxidantes."


Adaptado de Top 10 Evidence-Based Health Benefits of Turmeric and Curcumin de Authority Nutrition

Inspiração...






"Faça coisas. Seja curioso, persistente. Não espere por um empurrão da inspiração ou por um beijo da sociedade na sua testa. Preste atenção. É tudo sobre prestar atenção. É tudo sobre captar o máximo que você puder do que está por aí e não deixar que desculpas e que a monotonia de algumas obrigações diminuam sua vida." Susan Sontag

A Saúde do seu corpo está nas suas mãos!



A mente é feita da informação que recebe.
O corpo, da nutrição que recebe.
A escolha da matéria-prima é sua.
A qualidade das suas escolhas determina a sua qualidade de vida.


O CORPO É PARTE DA NATUREZA

"A medicina natural parte do princípio de que o corpo é um artefacto da Natureza, feito dos mesmos elementos que compõem a biosfera terrestre.

A mesma água que corre nos rios e desagua no mar, corre nas veias e desagua no coração. Os mesmos sais minerais que dão dureza a uma rocha, estão presentes no esqueleto, firmando a estrutura muscular. O calor que aquece o corpo para a temperatura ideal da homeostase é o mesmo fogo que arde no sol e no núcleo da Terra. E o vento que sopra e movimenta as nuvens é o mesmo que se inspira e expira nos pulmões, movimentando as funções vitais. Água, terra, fogo e ar – elementos presentes em cada forma de vida.

O corpo é um jardim biológico, uma complexa máquina que é o veículo temporário do Ser, da consciência, do Espírito. É um veículo que lhe permite sentir, ver, ouvir e degustar a experiência da vida na terra. Como habitante do corpo, você deve zelar pela sua integridade: Saúde. Tudo o que vive tem um mecanismo de sobrevivência, e o seu corpo é biologicamente programado para adaptar-se constantemente na manifestação desse estado de equilíbrio. Saúde é bem-estar, é estar confortável dentro do próprio corpo. A Saúde é tão confortável que é invisível.

Já o que chamamos de doença é um desequilíbrio. E o desequilíbrio sempre faz-se notar através de dor, sofrimento ou desconforto, para que você o perceba e o auxilie na sua correcção e volte ao conforto. A doença é uma mensagem do corpo pedindo cuidados, pedindo um ajuste e uma mudança no estilo de vida.


É MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR

Outro princípio da medicina natural é o de que é sempre melhor prevenir do que remediar. Na verdade, não é apenas melhor. É melhor, mais económico, mais efectivo e mais confortável prevenir do que remediar. E menos doloroso também.

Sendo assim, a medicina natural sugere que você, como zelador do seu corpo, tome para si a tarefa de cuidar de si próprio, e que aceite o fato de que é uma responsabilidade sua cuidar do próprio jardim. A medicina natural sugere que você estude e elabore um Plano de Saúde pessoal.

Muitos não percebem que são os responsáveis pelo próprio bem-estar, e acreditam que pagando um valor mensal para uma empresa estarão seguros e em caso de doença estarão “garantidos”. Ora, isso que é normalmente chamado de “plano de saúde” é, na verdade, um seguro-doença. Médicos e hospitais existem para emergências, acidentes e imprevistos – mas não lhe auxiliam na manutenção diária da sua saúde pessoal. Regar o próprio jardim com os cuidados necessários é tarefa pessoal e intransferível.

Um médico, diria Hipócrates (o pai da medicina ocidental), tem como tarefa primária educar o indivíduo a cuidar de si próprio. Qualquer tratamento deve ser precedido de um equilíbrio no estilo de vida. O foco deve ser sempre em construir e fortalecer a saúde, para que as doenças não encontrem no corpo condições para sua manifestação. Um sistema imunitário forte é muito mais eficiente a prevenir e tratar doenças do que qualquer remédio ou tratamento.


ESTRATÉGIAS PARA A SAÚDE

Dessa forma, a atenção prática de alguém que valoriza a qualidade de vida e que procura passar uma existência plena, com o mínimo possível de desequilíbrios deve ser focada em dois pontos:

1 – Nutrição: oferecer ao corpo tudo aquilo que ele precisa

Ar puro, água pura, contacto com a Natureza, luz do sol na pele, actividade física, repouso adequado, afecto… e, claro, uma alimentação adequada. O corpo precisa ter acesso à prosperidade nutricional – ou seja, ter à sua disposição toda a matéria prima de que necessita para construir-se e fortalecer-se. Alimentos ricos, puros, de fácil assimilação, que ofereçam ao corpo substâncias que o auxiliam nas suas funções. Proteína completa, óleos saudáveis essenciais, vitaminas, sais minerais, antioxidantes, substâncias protectoras diversas oferecidas pela própria Natureza para o sucesso da Vida.

Assim, além de estudar para conhecer as melhores opções do que comer, de como preparar uma dieta que se ajuste ao seu metabolismo pessoal e estilo de vida único, é também importante compreender que mexer o corpo, descansar, receber afceto e visitar redutos de Natureza intocada também fazem parte do conjunto de necessidades da Saúde. Estar atento para que nada falte é uma tarefa do zelador.

2 – Desintoxicação: evitar expor o corpo àquilo que ele tem dificuldade em processar

Tudo aquilo que polui a natureza também polui o corpo. É similar atirar plástico ao rio e comer uma gordura hidrogenada, cuja composição molecular é tão semelhante à do plástico. Químicos artificiais, resíduos de pesticidas, poluição ambiental, resíduos metabólicos… o ideal é organizar a própria vida para evitar o contacto com determinadas circunstâncias que cobram um preço e dificultam o trabalho do corpo de manifestar a Saúde.

Aqui também se inclui a importância de, periodicamente, realizar uma "faxina" corporal – uma rotina de desintoxicação. Um conjunto de práticas que auxiliam o corpo a remover da sua estrutura restos acumulados. Manter a casa limpa é também uma tarefa do zelador.


NAS SUAS MÃOS

É um facto que assumir a responsabilidade pela própria saúde é o primeiro passo para cultivá-la. Acredite: ninguém pode fazer isso por você. É seu dever desenvolver o conhecimento e experimentar com as possibilidades para conhecer o que te faz bem e o que te faz mal. Saber discernir um do outro é o primeiro passo para escolher com sabedoria.

Os desafios neste caminho são inúmeros. Um sábio disse certa vez que é mais fácil mudar a religião de um homem do que sua alimentação. É verdade. Mesmo assim, confrontar e ir aos poucos vencendo esse desafio é algo que enriquece a visão de mundo e fortalece a vontade. Idealmente, um caminho de evolução dos próprios hábitos alimentares deve ser iniciado com uma meta mais elevada do que perder peso, ficar mais atraente, melhorar os resultados no exame de sangue. Isso é bem-vindo, mas vem como consequência. A meta real é o desenvolvimento da plenitude da própria vida, e a soberania sobre si próprio.

Dominar o sentido do paladar é um importante passo para quem quer dominar seus impulsos, vencer os vícios e tornar-se senhor da própria vida, senhor das próprias escolhas. Quem consegue escolher a qualidade de seu alimento tem mais facilidade para escolher os próprios pensamentos.

A qualidade das suas escolhas determina a qualidade da sua vida. Assim como a mente é construída a partir do que recebe como informação – leituras, conversas, experiências – o corpo também é feito da matéria-prima que recebe como nutrição."


A escolha é sua e está nas suas mãos!

Fonte: Puravida

Aprenda quais os nutrientes que o corpo precisa



De uma forma resumida precisamos de ingerir alimentos para obter nutrientes. Existem os nutrientes orgânicos que são eles: as proteínas (aminoácidos), os hidratos de carbono (ou açúcares) as gorduras e as vitaminas e os nutrientes inorgânicos que são eles: os minerais e a água. 

De acordo com a quantidade que precisamos de consumir diariamente podemos classificá-los como :
Macronutrientes (necessários em grandes quantidades): proteínas, hidratos de carbono e gorduras e os Micronutrientes (necessários em quantidades mais pequenas): vitaminas e minerais.

Inspiração...




"Acho que a maioria de nós foi criada com noções preconcebidas de quais escolhas devemos fazer. Nós desperdiçamos tempo demais tomando decisões baseadas no que os outros consideram felicidade - o que fará de você uma boa cidadã, esposa ou filha. Ninguém diz "Seja feliz, mesmo que isso signifique ser um sapateiro ou morar com as cabras". Sandra Bullock

O mito da Soja como alimento perfeito


"A soja, já há algumas décadas, é tratada como uma “estrela” no universo dos alimentos tidos como saudáveis. MAS… e se toda esta história for apenas mais um mito criado pela indústria (da soja, obviamente) para vender sua produção?A indústria da soja é tão grande e rica quanto à indústria do leite (que o promove como “fonte essencial e insubstituível de cálcio”) e a indústria da carne (que a promove como “fonte essencial e insubstituível de proteínas”), e dispõe de grande orçamento para patrocinar estudos e publicidade para colocar a leguminosa em alta.

Promovida como uma alternativa “mais do que saudável” para o leite e para a carne, a soja hoje é adicionada em quase tudo. Biscoitos, macarrão, salgadinhos, fórmulas nutricionais para bebés, bebidas prontas, suplementos para atletas… O consumidor leigo realmente acredita optar por algo melhor quando lê a palavra mágica “soja” entre os ingredientes.

Não é a primeira vez que a indústria se aproveita do pouco estudo do consumidor e pincela a realidade com toques de fantasia. E a verdade é que, a menos que seja preparada da maneira correta, a soja pode ser muito mais prejudicial do que benéfica para a delicada bioquímica do corpo humano. 


Detalhando um pouco mais suas origens históricas, a soja foi utilizada como alimento pela primeira vez durante a antiga dinastia Chou (1134-246 AC), somente após essa cultura ter aprendido a transformá-la em algo biodisponível através do processo de fermentação, que fez surgir alimentos como o missô, o tempê, o nattô e o tamari. A soja era então, utilizada apenas como condimento e em pequenas quantidades, como é até hoje nas culturas tradicionais. Nunca foi utilizada como substituto para alimentos de origem animal e nem mesmo da maneira excessiva como tem sido propagada nos dias de hoje pela cultura ocidental.

A sabedoria dos antigos compreendia que a soja que não é preparada devidamente é altamente indigesta e contém diversos elementos indesejáveis. Algo que foi e é “ignorado” por aqueles que propagam o uso irrestrito da soja, na forma do grão integral cozido, na forma de “carne” ou “leite” de soja e nas inúmeras formas de soja não-fermentada, desnaturada pelo calor excessivo e/ou pressão, tratada com químicos, fracionada ou coagulada para se transformar em tofu e proteína isolada de soja.

Atualmente, praticamente toda a soja disponível no mercado (93% é o percentual exato, de acordo com o FDA americano) é transgênica – geneticamente modificada para ser resistente à agrotóxicos que matam todas as outras formas de vida, menos a soja, o que a torna ainda mais prejudicial, porém fornece maior lucratividade por metro quadrado.

Independente da discussão sobre o alimento transgênico ser nocivo por si, alimentos geneticamente modificados acumulam em si resíduos de GLIFOSATO (base do pesticida Roundup), um veneno poderoso e assustador. Um rápida busca no google sobre “perigos do glifosato” (ou glyphosate dangers) revela o tamanho do problema – para a saúde do indivíduo, do solo, dos lençóis freáticos e de tudo o que é vivo. Isto ainda ser permitido nos dias de hoje é um sinal do quão pouco desenvolvidos estamos como humanidade. Comer soja transgénica, ou produtos de origem animal que comeram soja transgénica (vacas e laticínios, frangos e ovos, porcos, salmão) é literalmente comer veneno. Este é um assunto muito sério e não deveria ser descartado como algo menor.

O fato é que existe um elevado conteúdo de antinutrientes na soja que não é devidamente preparada. Antinutrientes são substâncias que interferem na absorção de nutrientes e os drenam do organismo. Seu consumo frequente conduz à deficiências crônicas de minerais. Na soja se concentram substâncias como oácido fítico, os goitrogênicos e alguns inibidores enzimáticos que bloqueiam a ação da tripsina (uma importante enzima vital), dentre outras enzimas essenciais. Estes inibidores são proteínas resistentes que retém sua configuração mesmo quando cozidas por longos períodos. Quando ingeridas, estas substâncias produzem desarranjo gástrico, redução na capacidade de digestão das proteínas e deficiências crônicas de aminoácidos. Em testes com animais, uma dieta com alto nível desses inibidores causou aumento patológico do pâncreas e outras condições, incluindo câncer. (2)


A soja é um dos alimentos com maior quantidade de ácido fítico já encontrados, e ao contrário dos fitatos na maioria dos grãos, os fitatos na soja são altamente resistentes à imersão e ao cozimento. O ácido fítico é largamente estudado por impedir a absorção de minerais como ferro, magnésio, cobre, cálcio e especialmente zinco. Ingerido frequentemente pode levar à carência desses minerais (3, 4, 5, 6, 7, 8). Apenas um longo período de fermentação irá reduzir de forma significativa a quantidade destes antinutrientes.

A soja contém também uma substância chamada hemaglutinina que causa aglutinação das hemácias podendo levar a produção de coágulos sanguíneos. O inibidor de tripsina e a hemaglutinina são considerados substâncias inibidoras do crescimento.

Os chineses sabiam disso e, portanto, só consumiam a soja fermentada. A fermentação, realizada por micro-organismos benéficos (probióticos), pré-digere a proteína em aminoácidos e inativa tanto os inibidores enzimáticos quanto os antinutrientes. Desta forma a soja transforma-se num alimento altamente biodisponível, apto ao consumo humano. Se a soja não for preparada desta maneira bem específica, ou seja, por fermentação lenta, o melhor é evitá-la.

A soja contém naturalmente fitoestrogénios, substâncias que mimetizam a ação da hormona estrogénio dentro do corpo humano. Quando você ingere uma pequena quantidade dessas substâncias o corpo se adapta sem alterações, mas, em excesso, estes fitoestrogénios causam desequilíbrio hormonal. Acontece que, além do hábito ocidental de consumir a soja em quantidades excessivas, a absoluta maioria da soja disponível é geneticamente modificada. A soja geneticamente modificada, além de ser um dos produtos que mais recebe agrotóxicos, contém muito mais fitoestrogénios do que a soja natural. Seu consumo agride o equilíbrio hormonal e pode conduzir à puberdade prematura e a uma série de doenças relacionadas ao excesso de estrogénio no decorrer da vida. A sugestão é não consumir produtos geneticamente modificados de qualquer espécie, e no caso da soja, isso é particularmente difícil.

Pesquisas ainda pouco divulgadas (afinal, não contribuem para a lucratividade da indústria) demonstraram que o uso de soja nas fórmulas de nutrição para bebés pode causar problemas diversos no desenvolvimento da criança, como disfunções na glândula tiróide e danos irreversíveis no seu sistema nervoso, não apenas devido aos seus antinutrientes, goitrogénicos e fitoestrogénios, mas também pela enorme quantidade de alumínio e manganês (9, 10). Não é contaminação por alumínio em tanques de alumínio, é alumínio encontrado na composição da soja.


Proteína Vegetal Texturizada: Resíduo Industrial


A proteína isolada da soja, presente em suplementos para atletas e em diversos alimentos industrializados, assim como a proteína vegetal texturizada, ou carne de soja, são, sem exagero, venenos tóxicos para o sistema biológico humano.

É importante lembrar que nem todos os venenos matam na primeira dose. Porém, assim como os refrigerantes, os refinados e as frituras, esses derivados industriais da soja são agressivos e antinaturais para o sistema e contribuem para o desequilíbrio da ecologia interior. Ainda que o organismo seja equipado com uma exímia capacidade de expulsar toxidade, cada vez que você escolhe ingerir algo inadequado está desnecessariamente desgastando o mesmo, poluindo sua bioquímica interior e ofendendo a Natureza que vive dentro de você.

O que faz com que essas substâncias sejam tão nocivas é justamente a sua forma altamente processada. Para produzir a proteína isolada de soja, os grãos da leguminosa são primeiramente moídos e depois mergulhados em solvente químico de petróleo, com o objetivo de extrair os óleos naturais do grão. O resíduo desta mistura, que é na verdade a sobra do processo industrial de extração do óleo é então misturado com açúcares e com uma solução alcalina (também química) para remover qualquer fibra. A massa resultante é então precipitada e separada utilizando uma lavagem ácida. Finalmente, o que sobra é neutralizado em uma solução alcalina e depois desidratado em altas temperaturas para produzir um pó proteico.

O resultado final é um pó artificialmente desnaturado e indigesto. Por isto é tão comum a incidência de gases naqueles que fazem uso da proteína isolada de soja. Afinal, mesmo com todo este processamento, a maioria dos antinutrientes presentes naturalmente na soja resistem e permanecem em seu conteúdo.

Proteína vegetal texturizada, ou PVT, a famosa “carne de soja” não é nada mais do que proteína isolada de soja que foi compactada através de um processo industrial de elevada pressão e temperatura. Tão indigesta quanto o isolado de proteína de soja, se não mais, porque esta é muitas vezes adicionada de corante caramelo, substância reconhecidamente cancerígena, e o famigerado realçador de sabor glutamato monossódico, um neurotóxico comum na indústria da comida industrializada – pois é um viciante das papilas gustativas que consegue transformar até mesmo um pedaço de isopor insalubre em algo que é “impossível comer um só”.



Assim sendo, uma das maneiras de medir os critérios de qualidade de um restaurante que se denomina natural é verificar se este oferece a tal “carne de soja”, ou proteína vegetal texturizada (PVT) em seu cardápio. Pratos como “Strogonoff de carne de soja”, carne de soja refogada, kibe, coxinha ou pastel de carne de soja, molho bolognesa com carne de soja e outras opções semelhantes são uma clara demonstração de que os responsáveis pela elaboração do cardápio precisam aprofundar seu conhecimento.

Naturalmente, os critérios das grandes indústrias alimentícias não são muito melhores, portanto é recomendável que você adquira o hábito de ler o rótulo daquilo que você usualmente compra e evite tudo aquilo que contenha proteína isolada de soja ou proteína vegetal texturizada na sua composição. É comum a participação deste ingrediente nas formulações, especialmente naquilo que tem como meta atingir o nicho de mercado “natural e saudável”.

O leite de Soja...

Consideremos o processo envolvido na elaboração do leite de soja. Primeiramente, com o objetivo de remover alguns dos antinutrientes (mas não todos), os grãos da soja são mergulhados em uma solução alcalina. Esta mistura é então cozida em panelas de pressão gigantescas, algo que desnatura a proteína da soja a tal ponto que a torna algo muito difícil para o corpo digerir. A solução alcalina em que os grãos ficam de molho deixa neles um carcinogénico (cancerígeno) chamado lisinealina.

Portanto, se é absolutamente necessário beber leite vegetal de alguma espécie, que seja o leite de amêndoas, de gergelim, de coco, de castanhas, de nozes, de girassol, de linhaça, de quinoa ou, em último caso, de arroz."


Escrito por Flávio Passos, com contribuição de Pedro Ivo
Estudos citados: 1 – Katz, Solomon H., “Food and Biocultural Evolution: A Model for the Investigation of Modern Nutritional Problems”, Nutritional Anthropology, Alan R. Liss Inc., 1987, p. 50. 
2 – Rackis, Joseph J. et al., “The USDA trypsin inhibitor study. I. Background, objectives and procedural details”, Qualification of Plant Foods in Human Nutrition, vol. 35, 1985.

3 – Van Rensburg et al., “Nutritional status of African populations predisposed to esophageal cancer”, Nutrition and Cancer, vol. 4, 1983, pp. 206-216; Moser, P.B. et al., “Copper, iron, zinc and selenium dietary intake and status of Nepalese lactating women and their breastfed infants”, American Journal of Clinical Nutrition 47:729-734, April 1988; Harland, B.F. et al., “Nutritional status and phytate: zinc and phytate X calcium: zinc dietary molar ratios of lacto-ovovegetarian Trappist monks: 10 years later”, Journal of the American Dietetic Association 88:1562-1566, December 1988.

4 – El Tiney, A.H., “Proximate Composition and Mineral and Phytate Contents of Legumes Grown in Sudan”, Journal of Food Composition and Analysis (1989) 2:6778.

5 – Ologhobo, A.D. et al., “Distribution of phosphorus and phytate in some Nigerian varieties of legumes and some effects of processing”, Journal of Food Science 49(1):199-201, January/February 1984.

6 – Sandstrom, B. et al., “Effect of protein level and protein source on zinc absorption in humans”, Journal of Nutrition 119(1):48-53, January 1989; Tait, Susan et al., “The availability of minerals in food, with particular reference to iron”, Journal of Research in Society and Health 103(2):74-77, April 1983.

7 – Phytate reduction of zinc absorption has been demonstrated in numerous studies. These results are summarised in Leviton, Richard, Tofu, Tempeh, Miso and Other Soyfoods: The ‘Food of the Future’ – How to Enjoy Its Spectacular Health Benefits, Keats Publishing, Inc., New Canaan, CT, USA, 1982, p. 1415.

8 – Mellanby, Edward, “Experimental rickets: The effect of cereals and their interaction with other factors of diet and environment in producing rickets”, Journal of the Medical Research Council 93:265, March 1925; Wills, M.R. et al., “Phytic Acid and Nutritional Rickets in Immigrants”, The Lancet, April 8,1972, pp. 771-773.

9 – Hagger, C. and J. Bachevalier, “Visual habit formation in 3-month-old monkeys (Macaca mulatta): reversal of sex difference following neonatal manipulations of androgen”, Behavior and Brain Research (1991) 45:57-63.

10 – Ross, R.K. et al., “Effect of in-utero exposure to diethylstilbestrol on age at onset of puberty and on post-pubertal hormone levels in boys”, Canadian Medical Association Journal 128(10):1197-8, May 15, 1983.

Inspiração...






"Alguns fracassos são inevitáveis. É impossível viver sem fracassar em alguma coisa, a não ser que você viva a ter tanto cuidado com tudo que você simplesmente não vive." J.K. Rowling